Subprojeto História

Abaixo o subprojeto História de 2020 e 2023, integrante do projeto institucional da UFRB

 Objetivos Específicos do Subprojeto (até 5.000 caracteres)

* possibilitar a imersão na escola, para que o estudante da licenciatura:
– vivencie e conheça sua estrutura, os diversos sujeitos e profissionais que nela atuam, as práticas de ensino e aprendizagem, as formas como a instituição se situa em determinada localidade e como interage com a comunidade do entorno e com outras instituições às quais se vincula. Em especial, poderão acompanhar as mudanças curriculares no Ensino Fundamental e Médio na Bahia.
– perceba o espaço escolar como campo de pesquisa e investigação, mobilizando bibliografia do campo educacional para análise e tratamento de questões, bem como se familiarize com instrumentos para elaboração de diagnósticos e intervenções
– interaja com estudantes da educação básica, compreendendo-os como sujeitos do ato pedagógico, diagnosticando gostos, preferências, saberes, percepções, visões de mundo e questões que possam ser mobilizados em contextos didáticos.

* desenvolver no estudante de licenciatura a percepção de que o conhecimento histórico escolar é complexo, distinto mas articulado com conhecimentos acadêmicos, envolvendo não a reprodução mas a construção, conjuntamente com estudantes da educação básica, de saberes históricos pertinentes à comunidade escolar e ao contexto no qual ela se situa. Especificamente esse objetivo se desdobra em:
– utilizar criticamente fontes históricas, em diversos suportes e linguagens, para elaboração de saber histórico pautado nas experiências, vivências e registros pertinentes à comunidade escolar
– utilizar criticamente materiais didáticos de História, em diversos suportes e linguagens, avaliando sua pertinência para situações particulares de ensino-aprendizagem em História
– analisar criticamente a pertinência de saberes acadêmicos para o contexto escolar, mobilizando e adaptando produções da historiografia mundial, nacional, regional e local para contextualização de problemáticas históricas pertinentes à comunidade escolar.
– construir narrativas históricas a partir das demandas, contextos e questões locais, articuladas com contextos regionais, nacionais e globais e com distintas temporalidades e durações, valendo-se de metodologias diversas, sobretudo as que propiciam o protagonismo de estudantes da educação básica.
– elaborar materiais didáticos de História, com interface interdisciplinar, para serem utilizados em contexto pedagógico, na sala de aula e/ou fora dela.

* fortalecer a percepção, no estudante de licenciatura, da relevância e interação do tripé fundante da universidade – ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido esperamos que os bolsistas do PIBID
– mobilizem em suas atividades saberes construídos nas disciplinas do curso de Licenciatura em História da UFRB, nas atividades acadêmicas extracurriculares promovidas pelo curso e pelo Centro de Artes, Humanidades e Letras, e perspectivas ou experiências de pesquisa ou extensão desenvolvidas pelos próprios licenciandos ou pelo Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas.
– levem as atividades e experiências do PIBID como contribuições para outras disciplinas do curso, em especial as da área de Licenciatura, e apresentem as experiências em eventos acadêmicos, publiquem artigos e desenvolvam Trabalhos de Conclusão de Curso cujo objeto seja a Escola, o Ensino de História e o próprio PIBID

UF/Municípios dos cursos de licenciatura que compõem o subprojeto

BA/Cachoeira

A relação dos municípios em que a IES pretende desenvolver as atividades do programa, considerando maior alcance regional das atividades desenvolvida no programa

Maragogipe

Cachoeira

i)        Descrição do contexto social e educacional dos municípios escolhidos para articulação (até 5.000 caracteres)

As cidades do Recôncavo baiano escolhidas para implementação do projeto tem um perfil bem similar. Em ambas é vasta a área rural, de onde é oriunda boa parte dos estudantes das escolas da sede das cidades, sobretudo aquelas de ensino médio. A despeito do empobrecimento econômico dessas localidades, é pulsante a cultura popular, reconhecidamente rica e diversa. Cercada de comunidades quilombolas, as áreas urbanas, onde se concentram a maioria das escolas, hoje contam com a presença de universidades privadas e públicas, sendo a Universidade Federal do Recôncavo aquela que está presente na maioria delas, por meio dos seus diversos campus.

Ainda carece de um convencimento dessa juventude das escolas públicas de que a universidade é um caminho possível, sobretudo nos últimos anos em que presenciamos uma crescente evasão escolar. A grande maioria da população do recôncavo baiano é afro-descendente e as aportunidades de emprego para essa população são escassas, sendo a universidade a maior via de acesso à formação profissional de qualidade. Muitos dos discentes do UFRB, a sua maioria na verdade, são fruto desse contexto, pois são oriundos dessas cidades, possuem vínculos estreitos com as comunidades locais e serão as futuras professoras e professores das escolas onde hoje os projetos de pesquisa são desenvolvidos.

Em relação ao contexto educacional, desde 2011 que um processo de municipalização do Ensino Fundamental II ocorre na Bahia. Após a publicação do Plano Nacional de Educação, o Estado da Bahia acelerou o processo, que atingiu o Recôncavo com mais intensidade em 2017. A implicação disso é que, nos municípios do Recôncavo da Bahia escolhidos, há uma divisão educacional da instância responsável pela gestão e oferta: aos municípios cabem os níveis de Ensino Infantil, Fundamental I e Fundamental II, e ao Estado da Bahia cabe a oferta do Ensino Médio.

Mesmo com essa divisão, interações entre essas esferas ocorrem. A principal interação com impacto educacional é o convênio estabelecido, desde 2018, entre a Polícia Militar da Bahia e as secretarias de educação de vários municípios, levando à gestão de parte das escolas de Ensino Fundamental II por integrantes da polícia militar, responsáveis pela parte disciplinar. Em dezembro de 2019 eram 83 unidades militarizadas em todo o Estado, presentes em 18% dos municípios da Bahia. Há escolas desse tipo nos municípios do Recôncavo da Bahia em que pretendemos atuar, Maragogipe, Cachoeira, Governador Mangabeira, Cruz das Almas, Muritiba e Santo Amaro.

Em relação ao desempenho, Índice da Educação Básica (IDEB) dos municípios apresenta resultados abaixo de 4,0:

Ideb dos Municípios (2017)

  • Cachoeira:  Ensino Fundamental 9º ano – 2,6, Ensino Médio 3º ano – 2,5
  • Conceição da Feira: Ensino Fundamental 9º ano – 2,9; Ensino Médio 3º ano – 2,4;
  • Cruz das Almas: Ensino Fundamental 9º ano – 3,1; Ensino Médio 3º ano – 2,9
  • Governador Mangabeira: Ensino Fundamental 9º ano – 3,2; Ensino Médio 3º ano – 2,7;
  • Maragogipe: Ensino Fundamental 9º ano – 2,8; Ensino Médio 3º ano – 2,3
  • Muritiba: Ensino Fundamental 9º ano – 3,2; Ensino Médio 3º ano – 2,7
  • Santo Amaro: Ensino Fundamental 9º ano – 2,9; Ensino Médio 3º ano – 2,2
  • São Félix: Ensino Fundamental 9º ano – 3,8; Ensino Médio 3º ano – 2,4

Percebe-se que os resultados da rede municipal são maiores que os do nível médio, a cargo do Estado, cujo índice não alcançou os três pontos. À luz dessa discrepância levantamos a possibilidade de atuação prioritária no Ensino Médio.

Ainda está em curso a implementação da Matriz Curricular do Estado da Bahia, baseada na BNCC e na Reforma do Ensino Médio, bem como a elaboração dos currículos pelos municípios com base no Documento Curricular Referencial da Bahia. Acompanhar esse processo de ampla mudança curricular poderá ser uma fonte de aprendizado para os estudantes da licenciatura.

Como o desenvolvimento das atividades do subprojeto contribuirá para o desenvolvimento da autonomia do licenciando (até 5.000 caracteres)

Nossa experiência como docentes do ensino superior de um curso de Licenciatura corrobora as conclusões trazidas pela bibliografia especializada, e que motivaram a própria criação de programas como PIBID. Na trajetória acadêmica-profissional, a vivência antecipada do espaço escolar contribui positivamente para que o estudante dê sentido à sua formação e lide melhor com a prática e com os desafios trazidos pela docência. O fato de estar, observar e intervir na escola propicia maior familiaridade com sua organização, sua estrutura, seus ritmos e rotinas, seus problemas, o papel dos sujeitos e suas relações internas e externas. Foi o que percebemos com a observação de estudantes de graduação participantes de edições anteriores do PIBID. Suas atividades permitem ao estudante de licenciatura a construção antecipada dos saberes práticos necessários à docência, os quais normalmente se iniciam nos estágios supervisionados obrigatórios, ofertados na segunda metade do curso.

A construção da autonomia pedagógica também pressupõe experimentação – de técnicas, metodologias, trabalho com fontes, uso de materiais didáticos –, através da qual são desenvolvidos estilos de docência, particulares a cada indivíduo. Porém, essa construção não opera no vazio, comportando dimensões coletivas, expressas durante as orientações do professor supervisor e do coordenador de área, na convivência com outros docentes na escola, e no contato as experiências de outros bolsistas do grupo, ou ainda durante as atividades com estudantes da educação básica. Para muitos bolsistas o PIBID é o primeiro momento onde se veem atuando como professores, e é fundamental que haja liberdade para que construam seu caminhar. A atuação supervisionada nas atividades de ensino-aprendizagem e a convivência com outros profissionais, possibilitadas pelo PIBID, permitirão ao estudante de licenciatura desenvolver um estilo próprio e também uma identidade como professor de História, a serem consolidados em outros espaços como estágios obrigatórios e, após formado, na atuação profissional.

Essa construção não ocorre apartada dos saberes teóricos estudados nas disciplinas da licenciatura, mas em conjunção com eles. É esse estudo orientado na graduação que oferece a contextualização histórica dos problemas educacionais e sociais, oferece instrumentos conceituais e metodológicos para atuação prática na escola e no ensino de História, e suas abordagens teóricas abrem perspectivas de atuação, reflexão e crítica. Portanto, as atividades do PIBID mobilizarão, desenvolverão e consolidarão tais saberes aprendidos no espaço acadêmico. Quando necessário leituras, discussões e sistematizações complementares serão feitas pelos bolsistas. Desse modo, também o PIBID como atividade de extensão contribuirá para a autonomia científica e de pensamento dos estudantes em formação.

Quais estratégias para a valorização do trabalho coletivo para o planejamento e realização das atividades previstas (até 5.000 caracteres)

Como já explicitado nos outros itens, sobretudo nos objetivos, uma das maiores preocupações desse projeto é adequar o saber escolar ao saber local e comunitário, conferindo assim sentido ao conteúdo das aulas de história. Para atingir tal meta é importante que licenciandos e coordenação do projeto estejam em constante diálogo com a comunidade escolar. Respeitando a autonomia e protagonismo à professoras, professores e estudantes da escola, suas perspectivas ao longo do processo de construção do saber pedagógico serão fundamentais para os caminhos e planejamentos das atividades e da metodologia aplicada durante as ações. Portanto, nenhuma parte desse processo se faz sem que nenhuma dessas diferentes perspectivas de pessoas que envolvem a escola, a universidade e a comunidade sejam levadas em consideração e sejam fundamentais nesse processo.

Sendo todos esses grupos interdependentes, o constante diálogo e avaliação das práticas e metodologias aplicadas, além da seleção dos conteúdos e sua adequação ao modo de viver e entender da comunidade local, são preocupações constantes.

Assim, reuniões  e avaliações periódicas, construção coletiva dos projetos, além da colaboração da gestão escolar e da escuta atenta da comunidade universitária ( bolsistas e coordenação) são estratégias de fortalecer o trabalho coletivo e o sentimento de importância de todas as pessoas envolvidas nesse processo. Nas atividades que envolvam a comunidade externa, é a escola ( família, coordenação, professoras e estudantes, funcionários) que melhor conhece os limites e possibilidades que tornam os planos de ação exequíveis.  A universidade, com seu saber técnico e investigativo, tendo a pesquisa e a experimentação como norteadores do seu fazer científico, traz à escola novos elementos e conteúdos no sentido de enriquecer e pensar novas metodologias de ensino. Assim, todas as pessoas aprendem nesse processo e a escola torna-se cumpre seu papel de ser espaço de construção e fortalecimento do saber coletivo. A formação dos futuros professoras e professores, hoje discentes, também é tributária dessa construção coletiva, pois é através desse diálogo constante e experimentação, que projetamos docentes mais preparados para enfrentar os desafios contemporâneos da sala de aula.

Quais estratégias de articulação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com os conhecimentos da área do subprojeto (até 5.000 caracteres)

Como bem enfatizam os próprios documentos federais, a BNCC não é uma prescrição curricular, mas uma matriz de aprendizados obrigatórios, ficando a cargo das redes a elaboração dos currículos a partir dela. Atualmente, o Estado e os municípios da Bahia estão em processo de elaboração e implementação das matrizes curriculares baseadas na BNCC. Então, uma primeira forma de integração da Base ao subprojeto História será, na fase diagnóstica, observar como as escolas e redes estão lidando com esse processo, o que pensam, o grau de participação na elaboração do currículo estadual ou municipal, o papel da BNCC na elaboração dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas e dos novos arranjos curriculares (no caso do Ensino Médio). Em especial, faremos um levantamento sobre a forma como os professores de História estão considerando tais documentos curriculares na elaboração dos seus planejamentos e como os realizam em sala de aula. Esse processo será de suma importância para a formação dos futuros professores, tendo em vista que essas serão as últimas turmas que estudaram antes da BNCC, e será nesse modelo que atuarão quando se formarem. Tal transição será uma oportunidade não apenas para a leitura e familiarização com a BNCC e com os currículos dela derivados, como possibilitam mobilização de estudos sobre organização escolar, teorias curriculares em geral e também prescrições para o Ensino de História. Buscaremos compreender sua construção e apropriação, a dimensão política que comportam ao priorizarem determinados arranjos e como se efetivam na prática em sala de aula.

A etapa anterior será fundamental para a articulação dos tópicos da BNCC e dos currículos dela derivados, nos níveis Fundamental e Médio, com as atividades relacionadas ao saber histórico escolar que os bolsistas irão realizar. Primeiramente, a eleição do trabalho com fontes históricas como diretriz está contemplada na BNCC, já que permite o estímulo do pensamento através dos processos de identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise de objetos, textos escritos, imagens, filmes, memórias e outros documentos, capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço e das relações sociais que os geraram. Através delas os estudantes da educação básica serão iniciados nas bases da epistemologia da História como a natureza compartilhada do sujeito e do objeto do conhecimento, o conceito de tempo histórico em seus diferentes ritmos e durações, a concepção de documento como suporte de relações sociais e as várias linguagens através das quais o ser humano se apropria do mundo (Cf. BNCC, p. 348-350). Assim, o trabalho com fontes da História Local permitirá ao licenciando desenvolver no estudante da educação básica as competências esperadas de História Ensino Fundamental de História (em especial os procedimentos 2 e 3 esperados para os anos finais dessa etapa) e, no Ensino Médio de Ciências Humanas, os relativos à análise de processos a partir de procedimentos epistemológicos e científicos (Competência 1 a 3)

Apesar de elencarmos a História Local e Regional como diretriz, as matrizes de saber histórico descritos na BNCC, Anos Finais do Ensino Fundamental, serão mobilizadas para contextualizar essa história local em relação a outros tempos e espaços, permitindo melhor compreensão dos processos e narrativas levantados nas pesquisas com fontes. A história do que hoje chamamos Recôncavo da Bahia coincide com os primeiros processos de colonização portuguesa, sua ocupação das terras dos diversos grupos indígenas e mobilização forçada de africanos como mão-de-obra escravizada para produção de cana-de-açúcar e fumo, considerando as diversidades em cada uma dessas matrizes étnicas, os processos de interação e exploração entre elas, bem como as resistências daqueles setores subalternizados. Logo, podemos dizer que ela coincide em suas linhas gerais com os campos de estudo como a História do Brasil, a História do Capitalismo, História Indígena e a História da Diáspora Africana. Esses campos estão representados em várias unidades temáticas e objetos de conhecimento dos Anos Finais do Ensino Fundamental, e poderão ser articulados com aquilo que os professores trabalham em sala de aula.

Quais estratégias adotadas para a inserção e ambientação dos licenciandos na escola (até 5.000 caracteres)

A primeira estratégia para inserção dos estudantes na escola será um amplo diagnóstico da escola e do seu entorno.  Ele envolverá a observação do cotidiano na escola e nas salas de aula, participação em reuniões pedagógicas e com os pais de alunos, entrevistas com os diversos sujeitos da comunidade escolar e da comunidade, pesquisa de informações sobre a escola e sua localidade na internet e fora dela. Orientaremos os estudantes para que esse diagnóstico não apresente apenas informações atuais, mas que aspectos da história da Instituição e da localidade sejam contemplados. Além de cumprir a primeira série de objetivos ligada à imersão e construção de saberes práticos nos licenciandos, esse diagnóstico trará informações que possam nortear a atuação do PIBID nas etapas posteriores.

A segunda estratégia será a elaboração e implementação de atividades relacionadas ao saber histórico escolar pelos estudantes de licenciatura, conjuntamente com estudantes da educação básica. Através delas procura-se contemplar a dimensão pedagógica ligada ao campo da História, exercitando o planejamento, implementação e avaliação dos resultados das atividades. As atividades obedecerão duas diretrizes, que podem ser revistas à luz dos resultados do diagnóstico. Primeiramente, precisa partir de problemas e questões relacionadas à História Local e/ou aquelas colocadas pelos estudantes da educação básica. Segundo, envolver pesquisa e tratamento de fontes históricas nos mais diversos suportes e linguagens. Tais diretrizes buscam valorizar os conteúdos emergentes das comunidades, significativos para os alunos, buscando iluminá-los à luz das ferramentas do conhecimento histórico, para desenvolver no estudante da educação básica as habilidades de leitura, contextualização, interpretação e crítica. Nesse momento os licenciandos poderão realizar oficinas, rodas de conversa, estudos do meio no bairro, cidade ou espaço específico; orientar pesquisas na internet, entrevistar e orientar entrevistas com a comunidade e vizinhança; coordenar roleplayingames, visitas guiadas a arquivos, museus e bibliotecas.

A terceira estratégia de inserção será a culminância, consistindo na apresentação dos trabalhos realizados na etapa anterior. Os formatos dessa apresentação podem ser variados, definidos pelos estudantes da educação básica e os licenciandos de acordo com suas preferências. Pode envolver a apresentação pública de produtos como livros, vídeos, sites, manifestações artísticas, ou então performances musicais ou teatrais. São um incentivo para os estudantes desenvolverem suas  habilidades, e/ou buscarem parceria voluntária de membros da comunidade escolar ou da própria universidade, pelo potencial interdisciplinar implícito no trato com diferentes linguagens e suportes. Qualquer que seja o formato, a publicização dos resultados se constitui numa atividade de extensão não apenas para a comunidade escolar mas também para o entorno, propiciando que os licenciandos tenham uma percepção aguçada do impacto social das atividades do PIBID.

Estratégias de acompanhamento da participação dos professores da escola e dos licenciandos (até 5.000 caracteres)

Professoras e professores da unidade escolar são profissionais fundamentais na implementação do projeto de utilização de fontes históricas aos conteúdos das aulas e adequação dos conteúdos ao saber local. Assim, o acompanhamento da participação das professoras e professores se dará através da observação das aulas, bem como da aplicação de questionários, entrevistas e reuniões através dos quais buscaremos compreender como e se as metodologias debatidas durante a pesquisa tem tido eficácia e aplicabilidade nas aulas. A analise do material didático utilizado, mas sobretudo das avaliações aplicadas nas aulas , sejam elas provas escritas, avaliações orais ou apresentações da trabalho, também servem de evidência da incorporação ( ou nao) das metodologias e estratégias debatidas pelo grupo de pesquisa na sala de aula. Caso não sejam, será preciso que a professora ou professor aponte, nas reuniões de acompanhamento, as limitações e mudanças de rumo necessárias para que aquilo que tem sido formulado tenha viabilidade na sala de aula.

Professoras e professores também serão convidadas a apresentar um relatório do período da pesquisa ao final do semestre e também nos eventos científicos da UFRB, nos quais apresentarão os resultados do trabalho durante o período do projeto PIBID. Com isso, também visamos fortalecer e incentivar a produção cientifica de muitos daqueles e daquelas que, a despeito do seu saber cotidiano da sala de aula, ainda não registraram esses conhecimentos em forma de artigos, projetos de pesquisa ou materiais didáticos diversos.

Os licenciandos bolsistas serão acompanhadxs periodicamente nas reuniões semanais das equipes do PIBID e na produção de relatórios mensais sobre os encaminhamentos da pesquisa e de como o projeto está sendo aplicado nas escolas. Levando em consideração as duas vertentes principais do projeto, que é a adequação dos saberes escolares ao saber local e o uso de fontes históricas nas aulas de história, semanalmente, discentes engajados na pesquisa devem apresentar os diagnósticos feitos nas escolas onde atuam, os desafios encontrados e um roteiro de aplicação dos conteúdos. Assim, é preciso que também apresentem nos relatórios e reuniões em quais bases teóricas tem baseado suas descobertas e escolhas.  A pesquisa de levantamento de fontes a serem levantadas e selecionadas de acordo com o conteúdo das aulas de história, também é um trabalho que deve ser acompanhado através das reuniões semanais, apresentados de forma mais detalhada nos relatórios e encontros mensais e na apresentação semestral dos resultados da pesquisa no final de cada semestre. No caso dos discentes bolsistas, o acompanhamento das atividades também será feito através de listas de registro de presença nas escolas e nas reuniões com a equipe de outros discentes e coordenação do projeto.

Resultados esperados para o subprojeto (até 5.000 caracteres)

Nessa edição do PIBID esperamos fortalecer os vínculos entre a universidade e a escola. Isso significa aproximar professoras, professores e comunidade acadêmica da UFRB, trazendo-os para produção e debate na academia sobre didáticas, metodologias e ensino de história.

Pretendemos contribuir para a comunidade e para a escola valorizando a cultura popular e os saberes locais através da sua incorporação ao conteúdo das aulas, de acordo com a BNCC. Ela será o eixo para atuar nas metodologias aplicadas por professores e professoras, atualizando conhecimentos e revisando o material, especialmente quando o livro didático for a única ferramenta utilizada. E também esperamos promover o engajamento de discentes, sobretudo os de ensino médio, tento em vista a alta evasão escolar.

Pretendemos formar estudantes pesquisadores na área de educação e ensino de história, de maneira que se engajem assim na carreira acadêmica ou na docência, contrariando a dicotomia entre ensino e pesquisa. Isso implica formar professores/ pesquisadores que transponham o conteúdo da universidade ao saber escolar, aplicando metodologias e elegendo conteúdos adequados às futuras turmas, e com habilidade para produzir material didático, levando em consideração as vivências, histórias e saberes da região. Esperamos também que o uso das fontes históricas na sala de aula seja parte da formação, para que possam aplicar essa habilidade na docência.

Indicadores:

– Canais do Subprojeto História do PIBID nas redes sociais, para divulgação das atividades e produções do Subprojeto História: 1 blog para hospedagem dos conteúdos, 1 página no Facebook, 1 página no Instagram, 1 perfil no twitter, 1 canal no Youtube

– Resultante do diagnóstico: 1 relatório por unidade escolar, contendo informações sobre a escola, seu histórico, entrevistas com membros da comunidade escolar e do entorno; 1 relatório geral sobre a implantação da BNCC e do currículo da rede

– Engajamento de estudantes da educação básica. Número de participantes e sua frequência nas atividades.

– materiais resultantes das atividades. Esperamos: 1 produto final por escola, produzido pelos estudantes da educação básica; 1 dossiê com fontes sobre história regional e local, por escola, produzido pelos bolsistas do pibid.

– Realização de eventos com as escolas: encerramento das atividades do subprojeto História.

– Participação em eventos acadêmicos, com apresentação de trabalhos

a) Seminário Institucional de Iniciação a Docência, dentro do Seminário de Licenciatura do CAHL/UFRB;

b) Participação dos bolsistas no Fórum de Licenciaturas da UFRB

c) X encontro Estadual de História da ANPUH-BA

– Indicadores no longo prazo: Melhoria do Índice de Aproveitamento Acadêmico; Publicação de artigos acadêmicos sobre as atividades do PIBID Subprojeto História; Realização de TCC com temas sobre as atividades PIBID Subprojeto História.

– Relatórios de Acompanhamento Semestrais: pertinentes às atividades de diagnóstico, intervenção, materiais e publicações.”